O Vale do Ribeira

O Vale do Ribeira possui a maior área contínua de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, cerca de 23% da Mata Atlântica do Brasil.

=> Ecossistemas
O ecossistema mais explorado nos ultimos anos são as Matas Ciliares, essas formações florestais que ocorrem ao longo dos rios, córregos ou no entorno de lagos, várzeas e reservatórios. Protegidas pelo Código Florestal, as florestas ciliares são essenciais para o escoamento das águas das chuvas, estabilização das margens e barrancos, evitando o assoreamento dos rios e possibilitando a interação entre os ecossistemas terrestre e aquático (o que inclui a temperatura da água e a alimentação da fauna aquática e terrestre). As matas ainda desempenham o papel de corredor genético para a flora e fauna, promovendo o fluxo de espécies dentro e entre os diferentes biomas.



=> Um poouco de sua história
O Vale do Ribeira tem uma grande contribuição histórica, pois durante a exploração do ouro na região o Rio Ribeira, ainda navegável, servia como fluxo de navios que levavam o ouro do interior até o porto de Iguapé, que permitiu à  cidade grande importância estratégica e seu porto adquiriu grande relevância nacional. A exploração do ouro durou ate o começo do século 19, quando então iniciou-se o desenvolvimento da agricultura e o porto de Iguapé, responsável pelo escoamento de produtos e pela ligação econômica da região com o resto do país, passou a ser considerado um dos mais importantes do país.


                         Mapa mostra o Rio Ribeira, que envolve os estados de São Paulo e Paraná.


=> Economia
No Vale do Ribeira a maior fonte de renda da população é a agricultura, a pesca e a pecuária são na maioria das vezes feitas para consumo próprio. A banana e o chá preto são os mais presentes nas lavouras.A banana, por exemplo, é cultivada em quase todos os municípios, por grandes e pequenos produtores. No entanto, aos pequenos agricultores faltam opções que visem agregar valor ao produto bruto. O trabalho com os subprodutos da banana, que representaria uma possibilidade de aumento de renda, ainda é um sonho.Existe ainda um setor secundário regional caracterizado por reduzido número de estabelecimentos que absorvem pouca mão-de-obra, com destaque para a exploração de fosfato e calcário, predominante nos municípios de Cajati e Apiaí. Tudo isso somado ao péssimo acesso que tem, são os vários fatores que contribuíram para que o Vale do Ribeira se isolasse do restante do Estado.



=>Riqueza socioambiental com baixo IDH

Em contraposição aos ricos patrimônios ambiental e cultural, o Vale do Ribeira apresenta os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) dos estados de São Paulo e Paraná, incluindo os mais altos índices de mortalidade infantil e de analfabetismo.
A população local também não possui alternativas econômicas adequadas ao desenvolvimento sustentável da região. Esse quadro é agravado por sua proximidade de dois importantes centros urbanos e industriais – São Paulo e Curitiba – e ainda por recentes investimentos em obras de infra-estrutura, tais como: a duplicação da Rodovia Regis Bittencourt (BR-116); as propostas de construção de usinas hidrelétricas no rio Ribeira de Iguape e as propostas de transposição de bacias a fim de desviar água da região para São Paulo e Curitiba.
Tudo isso ameaça transformar o Vale do Ribeira em fornecedor de recursos naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população local.








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